sexta-feira, 11 de março de 2011

Sobre economizar - e viver ainda assim

Prefiro não economizar.
Prefiro não reter meu sorriso, não conter minhas idéias, e derramar lágrimas mesmo quando me tomam por fraco.
Prefiro sentir saudade.
Ter algo para se recordar, e amigos para sanar deficiências que o tempo nos dá.
Sou muito mais gastar comigo, que economizar para meu onírico. Mas não pense você que isto quer dizer que não planeje meu descanso ou algo parecido, é justamente o avesso disto, posto que, hoje, gasto muito mais vivendo, do que planejando viver, ainda que, confesso, me encarrego de traçar possíveis aventuras futuras.
E talvez, o que economistas não entendam é que, saber calcular é necessário para a vida, sobretudo é necessário viver para se calcular. Existem ainda os momentos em que mal podemos calcular as estrelas duma noite, ou os sorrisos que já abrimos antes que as rugas se tornassem clichês no espelho, e isto, bem, isto leva a baixo qualquer argumento a respeito da teoria da vida.
Prefiro ser eu mesmo, gostando do que gosto, e vivendo a minha maneira. Sempre recebendo os mesmo apelidos, e esforçando-me para que os sorrisos venham antes dos cifrões na minha lista de prioridades.