segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ultimo Romance

Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sabe...

Já faz tempo que deixei de ser cabeça, para ser coração.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Enfim, eu

Enfim, feliz. Pode ser cedo demais para crer que esta felicidade repentina seja sólida o suficiente para que eu não torne a entristecer-me, entretanto feliz.
Sim, feliz. Estou satisfeito com os rumos que meus planos tem tomado, e sinto como se cada semente de meus esforços começasse a germinar, consolidando assim motivos para que eu possa esboçar os mais sinceros sorrisos em minha face, que outrora estampava somente o cansaço.
Atrevo-me a dizer que tudo está um mar de rosas - considerando que rosas possuem espinhos. Não há melhor ilustração do que esta para representar minha vida ultimamente, posto que, mesmo que nem tudo tenha se resolvido, que nem todo dinheiro tenha sido ressarcido, que nem todos os sonhos tenham sido realizados, ainda assim, aprendi a ser feliz com a pequena fagulha ígnea de prosperidade que há em mim, pois foi somente dando um pouco mais de atenção pra felicidade é que ela estendeu suas mãos para ajudar-me. Acabei aprendendo a ser feliz com o pouco que tenho, com os pequenos detalhes que muito importam no fim das contas, e aprendi que a grandeza das coisas, é você mesmo quem determina. Aprendi que a minimização do meu círculo de amizades, só o tornou mais confiável, que as lembranças de grandes amores passados nada se comparam a uma pequena tarde com você. Aprendi que a prosperidade é a ausência da necessidade.
E enquanto não surge nenhum motivo para contradizer o que agora escrevo, registro minhas palavras e as valido ao menos por hoje, e de peito estufado, com as covinhas que surgem enquanto tenho um sorriso no rosto, devo confessar: estou enfim, feliz.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Calculista

Não busco em mim o que procuro em outrem. De fato, os meus anseios tornam-se também propensões às quedas que tanto temo.
Não é nada fácil ter de ver o mundo sob cálculos, sejam eles matemáticos, ou estratégicos, entretanto, deixar de ver o mundo à essa minha maneira não é algo que eu possa escolher. Ser calculista não é raro, tampouco dificultoso, mas saiba vocês que o diferencial neste ramo está no sucesso obtido em cada cálculo, e soaria paradoxal se dissesse que o diferencial também está no fracasso em suas escolhas. É justamente aí que entra em cena os meus mais profundos devaneios, arrepios na cervical e medos expelidos por gotículas de suor.
É com a palavra ''se'', que frequentemente inicio meus pensamentos. E é tendo que pensar sempre em todos os porquês, e as reações que eles possam desencadear, que eu acabo apavorando-me tanto em fazer a escolha errada, que acabo nada fazendo, e esta é a ruina dum calculista, nunca poder concretizar seus pensamentos. De nada vale a teoria, se ela não funcionar na prática.
Sinto como se calculasse para que não tivesse medo na hora de agir, outrossim, é calculando que acabo não agindo por temor. Seria tão mais fácil se não houvesse precisão em arcar com as consequências, todavia, esta não é uma opção.
A garota que não beijei, a frase que acabei engolindo, e mesmo as vestes que coloquei dia desses, não passam de frutos dum material irresoluto de devaneios e possibilidades possíveis. Mesmo em casa palavra deste meu testemunho, existe o minucioso cálculo na escolha dos sentimentos que anseio transmitir.
É frustrante ter de colher somente as maçãs podres duma safra de planejamentos intensa, mas já não tenho escolha se quiser parar. Tudo que tenho à fazer é plantar as sementes certas, para que assim possa colher os frutos que tanto desejo.
A única coisa que peço, é compreensão, pois a minha falta de ação é decorrente da incertidumbre das consequências, e como humano qualquer, temo em perder o que agrada. Sou calculista, mas sobretudo humano, e que fique bem claro que dia após dia penso numa maneira de tê-la para mim.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não há como negar

Tudo o que quer é tê-la somente para si, mas tudo o que consegue, é ser somente dela.