sábado, 7 de maio de 2011

De Verdade

Quero amor assaz, que me cale,
carícias pagas com meu amor,
sinceridade, amar sem temor,
paixão, e que ódio não fale.

Quero compreensão, poder ficar,
Não um coração tão lânguido,
tão estreito, puro, mas sofrido,
companheirismo, sem ter mal-estar.

Quero a mim mesmo, tenho dito,
pois somente eu me suporto,
não me firo, eu só me consolo.

Paixão, não somente um fito,
amor vivo, e não ódio morto,
quero ser feliz, não mero tolo.

Mar

De saudade que é feito o mar,
Do choro de quem espera alguém,
Pra muitos, essa água se fez lar,
Lar arredio, lar de vai e vem.

Mar composto de mil histórias
Afunda pesadelos, traz sonhos,
Desfaz temores, traz memórias,
Ante ao mar, somos exíguos.

Este vai e vem da onda mente,
Toma pra si amores de outrem,
Ama-os com toda imensidão.

Quis do mar ser independente,
Mas se não vou a ele, ele quem vem,
Então me traga em sua direção.