domingo, 17 de abril de 2011

Soneto fraternal

Brinquedos de batata, livros devorados, e ingenuidade,
tudo que quero é a vida simplória novamente,
dessas que a gente recebe mais carinho enquanto doente,
e pouco nos importa dinheiro, ou a vaidade.

Quero o garoto estudando no quarto,
ansioso em rever os poucos amigos,
e não o homem distante deste companheiros antigos,
pois desta figura sem tempo, estou farto.

Não terei saudade porém desta rotina,
onde já não somos todos por um,
sendo apenas eu, lutando pelo resto.

Quando não os vejo, isso me desatina,
soa como que desses amigos não sou nenhum,
mesmo a verdade sendo que, não sou pra essa rotina.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sobre o desgaste desnecessário

Como quando me exaspero, e sei que aquele não sou eu,
sei que em seus atos, há muito pouco de você,
e mesmo caminhando num sentido contrário ao meu,
sinto que se entrega cada vez mais a minha mercê.

Não vejo porque tanta jogatina,
quando tudo que queremos é sossego,
tanta é a desconfiança, que esta me desatina,
e transforma tal sossego, em notório desapego.

Ainda assim, é ilibado o meu amor,
que no intracosmo agiganta-se a cada sorriso seu,
mas timidamente se retira, e aquieta esse ardor,
quando não enxerga que tem de ser minha, para ser seu.