segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Parabéns Karina

Se não pelos dias já riscados em calendários passados, é pela intensidade de nossa amizade é que percebemos que, de repente, um dia virou cinco anos. Alegrias repartidas e intimidades segredadas fazem de nós mais do que meros amigos, e tu sabes tanto quanto eu, que nossa amizade sempre foi de fato anormal. Anormal mesmo é a maneira em que quasiperpetuamos esse nosso laço, tão nosso quanto o mundo que um dia sonhamos juntos desbravá-lo.
Dezessete primaveras duma maneira singular, e outras cinco com minha excentricidade ao seu favor. De maneira alguma reclamo que o tempo e/ou acaso mova-se de maneira injusta, e parafraseando Renato Russo, afirmo que agimos certo sem querer, foi só o tempo que errou. Se não pude atravessar a limitação da linha tempôrea para que pudessemos soprar por dezessete vezes juntos essas velas, não foi por falta de tentativas, outrossim, estando longe de ti em mais um aniversário seu, percebo que sou de fato hipócrita, e não nego, entretanto acima de tudo, julgo-te minha irmã, que não nascera do ventre de minha mãe, mas que brotou em meu coração.
Parabéns Karina, por ser mais do que a pedem, por ser uma vencedora num mundo perdido, e por ser minha familia ainda que nossos sangues não possuam a mesma linhagem sanguínea. De fato, sempre vou lembrar de ti, por quantas forem as primaveras que hão de vir, muito embora quero que saibas que, mesmo distante assim, orgulho-me de ti metade.

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