segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sobre coração, e educação

Quando pequenos nos ensinam o que é certo e errado, o que é vergonhoso, e o que são preceitos familiares. Só então crescemos e descobrimos que nada importa, nada tem valor, ao menos nada é maior que o amor.
A gente percebe que, não tem graça se não partilhamos paixões nos mais ardentes luares, nos mais azulados céus, ou nas mais tempestuosas chuvas, enquanto nós estamos bem ali, em frente a lareira.
Se fosse possível voltar no tempo, não deixaria de me machucar nos mais insensatos corações, e nas mais grosseiras juras de amor, que de tão ríspidas esvoaçavam aos montes lascas de desonestidade.
Se fosse possível tal regresso, eu nada mudaria em minha vida, em minha trilha que rumou-me à quem sou hoje, este alguém que você reclama presença, e pragueja as ausências.
Encaro a vida como uma receita, e todo este tipo de preparo só serviu para temperar nossas vidas com a felicidade real e compartilhada, e perdoem-me caso torne-se cansativa esta analogia, sobretudo hei de confessar que de todos os ingredientes, só não pode me faltar o seu sorriso.
Se pudesse regressar cronologicamente, nada faria senão me entregar de braços abertos à ti, naquela tarde de sexta, num dia chuvoso, já que de fato sei que todos os meus caminhos rumaram a ti, e tenho medo desse tal efeito borboleta, logo não me permito deixar de sofrer antes, correndoo risco de não ser feliz contigo depois.
Quando se ama, se esquece. Se esquece de si, se esquece dos problemas, se esquece das éticas, e do aprendizado infantil. Só não se esquece do ardor no peito, do beijo doce, do relógio que pára, e andar velozmente ao mesmo tempo. Só não se esquece de nos entregarmos à quem se ama, para enfim, nos tornar-mos educados com nosso coração.

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