segunda-feira, 29 de março de 2010

Tenho um retrato seu, e...

Eu não conto pra ninguém, mas as vezes eu fico aqui parado só olhando sua foto, lembrando de tudo - ou do nada - que tivemos ou passamos juntos. Por mais que queira eu não consigo sentir raiva de ti, na verdade tenho medo de que um dia eu aja como tu agiu, porém compreendo como são as coisas, afinal, é diferente pra mim como é pra ti. Mesmo em meio a raiva temporária eu a achei linda, perfeita a maneira que era. Mesmo agora te acho linda, e perfeita por não estar com alguém como eu ao seu lado, afinal que tipo de tarado sócio-cibernético vigia seus (des)amores em silêncio, e só? Mesmo de olhos fechados eu te acho a mais bonita. Não é bem isso, na verdade nada tem a ver com taras, muito embora envolva certos desejos, como o de poder acariciar os seus cabelos enquanto vagarosamente adormece em meus braços ao falar besteiras. É, custo entender por que não está aqui agora além de aqui dentro de mim, e mesmo que saiba que sua boca já beijou outra que não é minha, anseio um dia poder te observar como faço agora, mas de perto contigo ao meu lado, e assim poder te fazer sorrir antes de tu entregar-se a mim e sussurar ao meu ouvido que não precisa de mais nada senão deste momento.

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