sábado, 14 de novembro de 2009

Como pode?!

Como pode dizer que sou dramático, se desconhece a dramaticidade de minha vida?!
Como pode dizer que apenas falo sobre amor, se desconhece o sentido dessa palavra?!
Como pode dizer que sou feliz, se tanto me falta para alcançar a plenitude?!
Como pode dizer que sou triste, se são poucas as exigências para me fazer feliz?!
Como pode dizer tanto sobre mim, se mesmo eu não me conheço por completo?!
Como pode me julgar ingrato, se não sabe o que é passar por dezoito primaveras sem um único festejo pessoal?!
Como pode me julgar frio, se fui educado dessa forma?!
Busquei em meus brinquedos de batatas o refúgio para uma infância ausente de constante atenção e regalias. Busquei um pai em um tio, e isto impôs uma barreira no meu ralacionamento com meu progenitor.
Busquei a metade que me faltava em pessoas quaisquer, e isto apenas me provou que a metade que nos falta é única.
Busco constantemente a razão para ter que passar por tanta coisa em tão pouco tempo e encaro isto como uma missão, e minha recompensa no fim do caminho é poder ter você.

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