segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Robusti parte 2

Ao fundo, a natureza se encabe de conduzir a trilha sonora para tal momento. Uma harmoniosa sinfonia nos proporciona as gotas de chuva, que despencam aos montes do céu acinzentado, e senti naquele momento que nada poderia parar aquele musical. Um erro crasso. Não mais que de repente, o som mais tênue que já ouvira irrompeu o concerto que a natureza nos dera, e como numa rapsódia, aquele timbre tão delicado percorreu por entre meus ouvidos e repousou meu coração. Ela havia apenas me dito um simples “oi”, e mesmo assim, meu corpo reagiu como se aquele timbre era o que me faltava. Se tivesse que descrever tal sensação, seria algo como, eu tivesse descoberto que até então, meu coração estivesse em completa inércia, e como um sopro de vida, tornou a bater. Indubitavelmente, o cupido havia me atingido.
Condeno as horas por esvaíssem demasiadamente rápidas. Agradeço a Deus por ter te colocado em minha vida. E em poucas horas, senti uma miscelânea emotiva. Irado pelo tempo passar, contente por estar com você, e triste por não ter coragem de declarar meus evidentes sentimentos, e mais obscuras vontades.
Enquanto ela fala, eu contemplo tua beleza, e retraio meus movimentos. Espero que o tempo diga o que eu não sei dizer olhando para essa Afrodite, e enquanto faço coisas, que parece não notar, peço a Deus que me corresponda, talvez eu seja só um novo amigo, porém, talvez eu queira te levar junto a mim, pra onde nem o céu seja o limite.
Entristeço ao despedir-me de minha amada. Mais uma vez eu vou embora, sem saber o que falar, mas ainda não acabou. Estou sem pressa, por você posso esperar, afinal, quem ama espera.

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